Comunicado PRE - 01/2015

Rio de Janeiro, 07 de janeiro de 2015

Caro Associado do CAPESAÚDE

 

No último domingo, a população brasileira foi surpreendida com uma matéria veiculada no Programa Fantástico, da Rede Globo, tratando do que chamou de "Máfia das Próteses".
 
Na ocasião, o Fantástico denunciou que várias empresas que vendem próteses oferecem dinheiro para que médicos usem seus produtos, muitas vezes em cirurgias realizadas sem necessidade, só para faturar mais, colocando em risco a vida de pacientes.
 
Em outros casos, segundo a matéria, a quantidade de produtos indicados para utilização era muito maior do que aquela efetivamente necessária e os valores pagos pelos planos de saúde eram bastante superiores à realidade. Além disso, foram descobertas diversas situações em que os médicos cobravam pelos materiais mas estes não eram usados nas cirurgias.
 
Após a denúncia do Programa da Globo, diversas outras matérias foram ao ar tratando do mesmo tema, muitas delas com manifestações de autoridades informando que as medidas punitivas necessárias estavam sendo tomadas.
 
Este conjunto de notícias me motivou a expedir este Comunicado aos associados do CAPESAÚDE.
 
Mesmo sem ter ainda comprovação desses atos desonestos, já notávamos, há muito tempo, um aumento demasiado da indicação, por parte de alguns médicos, de associados para realização de cirurgias de maior custo, principalmente de coluna e joelho.
 
Para coibir estas e outras formas de abusos ou de utilização desnecessária do Plano, foram estabelecidas, além dos controles então existentes, algumas outras rotinas no CAPESAÚDE, como por exemplo:
 
  • 1º - Reformulação da atividade de compra de próteses e materiais especiais, efetuadas diretamente pela CAPESESP, sempre procurando adquirir os produtos com boa qualidade e maior brevidade possível e, acima de tudo, com o menor custo; 
     
  • 2º- Ampliação do serviço de visitas de auditoria médica aos pacientes do CAPESAÚDE que se encontrassem internados; e
     
  • 3º - Criação, em outubro de 2014, de um Comitê Especial para analisar os casos relacionados a internações de beneficiários e/ou aquisições de órteses, próteses e materiais especiais de custos acima de R$ 50.000,00, sendo este composto pelo Diretor-Presidente, pelo Diretor Financeiro, pelo Diretor de Previdência e Assistência, pelo Coordenador do Grupo Executivo de Controle de Atendimento e Custos e pela Gerente da Ouvidoria.

 

Este conjunto de medidas vem demonstrando que diversos excessos têm sido evitados, principalmente no que se refere aos procedimentos que utilizam os produtos mencionados na reportagem do Fantástico. É importante destacar que parte das cirurgias tem sido evitada com o encaminhamento do pedido do médico para análise de um especialista contratado pela CAPESESP, como também pelo convencimento ao associado para que procure uma segunda opinião para avaliar o seu caso.
 
Em relação a este último ponto, vale a pena enfatizar que na matéria veiculada no dia de ontem no Jornal Nacional, da Rede Globo, o Presidente da Associação Médica Brasileira se pronunciou dizendo que todo doente que for se submeter a um procedimento cirúrgico mais complexo deve, além do seu médico, ouvir outro e até mesmo uma terceira opinião, se a segunda for divergente.
 
Estas eram as informações que entendi ser importante levar ao conhecimento dos associados do CAPESAÚDE, considerando o interesse do assunto para todas as pessoas que precisam e utilizam este Plano que é de todos nós.
 
Cordialmente,
 
Cassimiro Pinheiro Borges
Diretor-Presidente