Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial: entenda a doença e previna-se

Silenciosa e imprevisível — podendo atingir até adolescentes —, a hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, atinge cerca de 30% da população brasileira e é responsável por 40% dos enfartes, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).

No dia 26 de abril, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, o cardiologista e presidente da associação, Mario Fritsch Neves, alerta para a necessidade de entender melhor a doença e se prevenir.  "É uma doença comum e leva a duas das principais causas de morte no país, o derrame e o enfarte. A prevenção pode aumentar não só a expectativa de vida como também a qualidade, já que, mesmo quando essas doenças não matam, podem deixar sequelas, como paralisias e insuficiência cardíaca".

Segundo o médico, é importante tentar um diagnóstico precoce, feito a partir da medição da pressão arterial. "O paciente deve pedir isso ao médico. Exames de glicose e colesterol também podem ajudar no diagnóstico", complementa.

Os beneficiários do CAPESAÚDE que possuem hipertensão, entre outras doenças crônicas, recebem os remédios de uso contínuo, por um mínimo de 6 meses em casa, benefício adicional conhecido como Auxílio Medicamento de Uso Contínuo (AMUC). Casos mais graves podem ser ainda administrados pelo programa Estar Bem.

Embora 95% das causas de hipertensão não sejam definidas, há fatores que contribuem para o agravamento — como obesidade, falta de atividade física, dieta com exagero no sal e fatores genéticos.

"Além do tratamento com medicamentos, a mudança de estilo de vida é fundamental para o bom controle da pressão arterial. As principais medidas são atividade física regular, dieta saudável e balanceada com menor quantidade de sódio, parar de fumar e evitar o consumo de álcool", diz o presidente da Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro, Ricardo Mourilhe.
 

Como tratar
A hipertensão arterial essencial não tem cura, mas deve ser tratada para impedir complicações.

A menos que haja uma necessidade evidente para uso de medicamentos imediato, como no caso de pacientes com níveis de pressão arterial acima de 180/110 mmHg, a maioria dos pacientes deve ter a oportunidade de reduzir sua pressão arterial através de tratamento não farmacológico, por meio de medidas gerais de reeducação, também conhecidas como modificações no estilo de vida. Portanto:

1) Meça sua pressão arterial regularmente;

2) Tenha uma alimentação saudável preferindo alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados, temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha, frutas, verduras e legumes, produtos lácteos desnatados.

3) Pratique atividade física pelo menos 5 dias por semana. Faça caminhadas, suba escadas ao invés de usar o elevador, ande de bicicleta, nade, dance.

4) Mantenha um peso saudável. Também é importante avaliar a medida da circunferência abdominal (cintura), que o homem não deve ultrapassar 102 cm e, na mulher, 88 cm.

5) Diminua a quantidade de sal na comida. Use no máximo 1 colher de chá para toda a alimentação diária. Não utilize saleiro à mesa e não acrescente sal no alimento depois de pronto.

6) Diminua o consumo de bebidas alcoólicas.

7) Não fume! Depois da hipertensão, o fumo é o principal fator de risco de doenças cardiovasculares.

8) Controle o estresse (nervosismo). Tente administrar seus problemas de uma maneira mais tranqüila.

9) Siga as orientações do seu médico, elas contribuirão para o controle da pressão arterial e para a diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares.

Se utilizar medicamentos:

1) Tome as medicações conforme a orientação médica;

2) Se tiver qualquer dúvida sobre o medicamento, converse com seu médico;

3) Compareça às consultas regularmente;

4) Não abandone o tratamento.
 

- Fonte: Extra com informações da Sociedade Brasileira de Hipertensão e adaptações da Assessoria de Comunicação Social da CAPESESP