10 de novembro - Dia Nacional da Surdez

O tráfego intenso e barulhento nas cidades; a música em decibéis acima do indicado em shows e boates; o som sempre altíssimo nos fones de ouvido; sem falar nos barulhos naturais da casa, escola ou do trabalho. Essa 'overdose sonora' que atinge a todos diariamente, voluntária ou involuntariamente, pode trazer consequências nefastas à audição, prejudicando aos poucos a capacidade de ouvir. Por isso, no dia 10 de novembro, Dia Nacional da Surdez, o alerta é importante.
 
O último Censo do IBGE revelou que cerca de 9,7 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva (DA), o que representa 5,1% da população brasileira. Deste total cerca de 2 milhões possuem deficiência auditiva severa (1,7 milhões têm grande dificuldade para ouvir e 344,2 mil são surdos), e 7,5 milhões apresentam alguma dificuldade auditiva.
 
As DAs que poderiam ser reversíveis podem ser diagnosticadas pela Triagem Auditiva Neonatal ou popularmente conhecido Teste da Orelhinha – obrigatório por Lei – que deve ser feito no bebê até o terceiro dia de vida. Infelizmente, segundo a Sociedade Brasileira de Otologia (SOB), só são constadas a partir de 4 anos, idade considerada tardia pelos médicos. Do número total de deficientes auditivos apontados pelo IBGE (7,5 milhões de pessoas), cerca de 1 milhão são crianças e jovens até 19 anos. 
 
Nas crianças até 2 anos, a surdez pode ser causada por meningite bacteriana ou virótica (a maior causa de surdez no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Educação para Surdos - INES); trauma na cabeça associada à perda de consciência ou fratura craniana; medicação ototóxica; e infecção de ouvido persistente ou com duração por mais de três meses além da surdez congênita.
 
A partir dos 40 anos, é preciso estar atento a qualquer dificuldade auditiva. A Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) afirma que cerca de 15% a 20% da população no país tem zumbido, sintoma que indica perda auditiva. Destes, apenas 15% se sentem incomodados com o barulho e procuram ajuda médica. 
 
A entidade também aponta que cerca de 30% a 35% das perdas de audição são creditadas à exposição a sons intensos, sejam eles em ambientes profissional ou em lazer (como shows ou aparelhos eletrônicos), bem como, ao aumento do nível de ruído nas grandes cidades. 
 
Esperar uma infecção, dor de ouvido, zumbido ou surdez parcial para ir ao médico é correr perigo sem necessidade. Há várias enfermidades que, inicialmente, não têm sintomas tão claros como a dor, secreção ou dificuldade de escutar.
 
Fonte: Instituto Direito de Ouvir | Sociedade Brasileira de Otologia | www.hojeemdia.com.br