Pesquisa diz que 94% das pessoas buscam informações online relacionadas à saúde

Basta sentir uma dor diferente ou um desconforto no corpo para que o "doutor Google" seja acionado. Mas a questão é: será que podemos confiar em todas as informações que circulam pela internet? De acordo com a pesquisa "Jornada Digital do Paciente", realizada pelo Minha Vida — empresa que desenvolve produtos digitais relacionados à saúde — 94% dos participantes buscam informações sobre saúde na internet. A televisão ficou em segundo lugar, com 52%, e as revistas em terceiro (44%).
 
O psicanalista Robert Trindade explica que confiar em informações duvidosas podem facilmente levar as pessoas a ter uma preocupação desnecessária. "Se informar através da internet não é ruim, mas deve ser evitado ou feito de forma consciente. Como muitas doenças possuem sintomas parecidos e de tanto pesquisar as pessoas podem concluir, erroneamente, que possuem algo mais grave, passando a sofrer por antecipação e ter crises de ansiedade", afirma Robert, acrescentando que esse hábito estimula a automedicação.
 
"É possível encontrar também os respectivos medicamentos, porém, tomados sem indicação médica podem ter o efeito contrário", comenta o especialista.
 
Alimentação e emagrecimento: mais procurados
Ainda segundo o levantamento, 78,3% dos entrevistados afirmaram que buscam, online, informações sobre saúde antes e depois de uma consulta médica. A prática é maior entre jovens.
 
De acordo com a nutricionista Roseane Vieira, o paciente não se contenta apenas com as informações passadas pelo médico. "As pessoas buscam reafirmar o posicionamento do especialista. Mesmo assim, na maioria das consultas que faço, os tratamentos que eu ofereço prevalecem", afirma.
 
Os tópicos mais procurados, segundo a pesquisa, são alimentação, doenças, sintomas, emagrecimento e tratamentos. Em relação à faixa etária, os mais jovens usam as plataformas online mais que os mais velhos e as mulheres mais que os homens.
 
 
 
Fonte: Jornal Extra Online