Atenção aos olhos desde cedo
 

Com o período de férias chegando ao fim, é importante que pais e responsáveis estejam atentos à saúde visual das crianças. Como a maior parte dos estímulos de aprendizado são absorvidos através dos olhos, problemas como desinteresse e mau desempenho na escola podem ser, na verdade, reflexos de uma deficiência visual.

Segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 15 milhões de crianças em idade escolar apresentam algum problema de visão. E 33 mil ficam cegas devido a doenças oculares.

O médico Marcus Sáfady, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, orienta que a criança deve se submeter, logo após o nascimento, a um exame de vista, conhecido como "teste do olhinho" e, ao completar 4 anos, fazer o teste da acuidade visual, que é um exame simples que vai indicar se há necessidade, por exemplo, do uso de óculos ou lentes.

O oftalmologista explica que, a partir desses exames, é possível identificar e corrigir, também, os erros de refração enquanto o olho ainda está em crescimento, estimulando o globo ocular a se desenvolver corretamente. Ele lembra que, com 4 anos, a criança ainda é muito nova para informar que está com problemas para enxergar. Sáfady adverte que, muitas vezes, um problema se agrava por falta de um cuidado simples. "Se a criança não reclama e a escola não orienta, é raro que os pais tomem a iniciativa de levar o filho ao médico apenas para um exame de rotina", explica.

Para identificar um problema de deficiência visual, é preciso estar atento aos sinais: se a criança coça os olhos, se tem dor de cabeça, aproxima-se demais da televisão ou lacrimeja muito, pode haver danos na visão.

Famílias e professores atentos ajudam a identificar problemas
Andréa Barbosa, oftalmologista da família e diretora da Clínica de Olhos São Francisco de Assis, ressalta que a atenção com a criança é um trabalho em conjunto. "A integração entre pais, escola e médico é fundamental para garantir que a criança tenha visão correta e mais qualidade de vida", alerta.
 

Fonte: Jornal O Dia