Verão sem marquinhas de biquíni Verão sem marquinhas de biquíni

Especialista afirma que tomar sol de maneira adequada e segura não deve deixar marcas

 
O Instuto nacional do Câncer (Inca) projeta 5 mil novos casos de câncer de pele para 2012. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) já contabilizou que 63,53% da população brasileira não se protegem contra os raios solares. O sol em excesso é considerado um inimigo da pele, o primeiro passo para a doença.
 
"E sabemos que mesmo quem passa protetor solar não faz isso de maneira adequada", afirma Marcus Maia, coordenador da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele da SBD, responsável pelo levantamento. 
 
O verão é a temporada de exposição ao risco. Nas praias, piscinas e até nas lajes, os corpos ficam estirados desde o início da manhã até o fim da tarde. Isso, por si só já fere a recomendação de se evitar o sol entre as 10h e 16h. A marquinha do biquíni resultante após o processo também é a prova de que a proteção não foi adequada.
 
Usar chapéu, óculos escuros e camiseta  até na sombra  é o mais indicado para quem não quer ameaçar a saúde da pele. O bronzeado excessivo também seria missão impossível se a quantidade de filtro solar aplicada cumprisse as orientações – para uma pessoa de 70 quilos, são necessários 40 ml de filtro fator 30 por aplicação (os tubos mais generosos têm 120 ml, o que resulta em um pote por dia de sol).
 
Para os que insistem em dizer que as marcas do verão são sinal de saúde, o dermatologista Marcus Maia diz que elas são mais indícios de negligência. Para legitimar suas considerações, os outros especialistas recorrem às pesquisas. Uma delas, feita pelo AC Camargo, mostrou que os acometidos pelo câncer de pele têm duas vezes mais risco de desenvolver outros tipos de câncer do que o restante da população. Um tumor do tipo melanoma é mais difícil de ser tratado e a cirurgia corretiva deixa cicatriz.
 
 
Fonte: Portal IG