Orçamento Familiar

O orçamento é uma ferramenta importante para você ter gerência sobre a sua vida financeira. Ele lhe ajudará a  manter os gastos sob controle, identificar a necessidade de mudança de hábitos e, principalmente, ter uma vida mais tranqüila do ponto de vista financeiro.

A importância de se ter um orçamento

O objetivo do orçamento não é apenas o de restringir os seus gastos ou cortar todos os prazeres de sua vida. Muito pelo contrário, é acima de tudo o de ajudar você a manter suas finanças sob controle. O orçamento possibilita ainda a documentar seus investimentos e a estabelecer metas.

Como preparar um orçamento familiar

O primeiro  passo para se iniciar um orçamento é o de anotar em uma folha ou em uma planilha as suas receitas e despesas, desde as mais importantes até a mais simples. Desse modo, você vai poder verificar de que forma está fazendo uso do dinheiro e se seus rendimentos são compatíveis com as suas despesas.

Separe os itens de receita e de despesas. Para uma melhor visualização da composição de suas despesas é recomendável que você agrupe-as por categoria. As despesas podem ser classificadas em fixas, variáveis e eventuais. Sugerimos que você  sinalize-as com uma cor  diferente, assim havendo a necessidade de corte, será fácil identificar por onde começar.

Faça também o registro dos seus investimentos e estabeleça metas para o seu planejamento financeiro.A planilha oferecida pelo Portal ajuda a organizar seus gastos e equacionar suas contas, ela está dividida em 3 contas principais: Receitas, Despesas e Investimentos que, no resultado final, permitem enxergar melhor como está a sua situação financeira.

Para usá-la, basta digitar cada informação no seu respectivo campo.

 

Planilha de Gastos Pessoais

 

Criar um filho até os 23 anos no Brasil custa até R$ 2 milhões

Nos primeiros 23 anos anos de vida de um filho, os pais brasileiros chegam a gastar até R$ 2.086.602 para custear despesas como educação, lazer, saúde e vestuário. Somente os estudos em todo esse período de crescimento representam 34% desse total, o equivalente a R$ 703.644, segundo pesquisa feita pelo Invent (Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing).

A pesquisa faz cálculos para quatro classes sociais: A (renda maior que R$ 25 mil por mês), B (de R$ 6.000 a R$ 25 mil), C (de R$ 2.000 a R$ 5.999) e D (menos de R$ 2.000). Os dados apontam que os gastos crescem com a idade. Até os quatro anos, por exemplo, o custo/ano vão até R$ 63 mil --dos 20 aos 23 anos chega a R$ 122 mil.

LAZER CUSTA R$ 421 MIL
Os gastos com o lazer dos filhos (como cinema, clubes, festas de aniversário e viagens) podem chegar a R$ 421 mil em 23 anos, segundo a pesquisa. Esse valor é para a classe A.

As classes B e C gastariam bem menos com lazer (R$ 94,8 mil e R$ 38,8 mil, respectivamente), de acordo com a pesquisa. A classe D reservaria valor mínimo para o lazer dos filhos: R$ 4.800 durante os 23 anos.

 

Confira a tabela de gastos:

 

Tipo de gasto

CLASSE A (acima de R$ 25 mil)

CLASSE B (de R$ 6.000 a R$ 25 mil)

CLASSE C (de R$ 2.000 a a R$ 5.999)

CLASSE D (até R$ 2.000)

Alimentação

115,2 mil

96 mil

45,8 mil

23 mil

Babá e adicional empregada doméstica

170,4 mil

151,2 mil

zero

zero

Energia, telefone e TV a cabo

59,4 mil

51 mil

15,6 mil

5.760

Alimentação escolar

46,8 mil

26,7 mil

15 mil

zero

Berçário, ensino fundamental e médio e universidade

453,6 mil

206,4 mil

96 mil

zero

Cursos diversos

56,5 mil

26,4 mil

16,8 mil

zero

Materiais didáticos, livros, CDs e revistas

25,2 mil

21,6 mil

17,7 mil

zero

Mesada

74,9 mil

52,4 mil

24 mil

zero

Transporte

46,5 mil

32,4 mil

15,6 mil

zero

Academia, clube e associações

56,8 mil

31,2 mil

14,4 mil

zero

Cinemas, teatros e shows

30,2 mil

15,6 mil

9.600

4.800

Festas de aniversário

200,7 mil

24 mil

9.600

zero

Viagens, férias e passeios

133,2 mil

24 mil

5.200

zero

Fundos/investimentos

149,5 mil

28,8 mil

4.800

zero

Despesas diversas e farmácia

37,3 mil

21,2 mil

18,2 mil

zero

Médicos particulares, pediatra e dentista

36,9 mil

zero

zero

zero

Plano de saúde

83,5 mil

57,6 mil

56,4 mil

zero

Brinquedos, informática, telefonia e novas tecnologias

160,7 mil

36,6 mil

15,6 mil

zero

Roupas e calçados

148,8 mil

45 mil

226,8 mil

20,1 mil

Total

2,08 milhões

948,1 mil

407,1 mil

53,7 mil



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Fonte: Invent
 

Fonte da matéria: Jornal Folha de São Paulo (27/02/2013)

 

Confira 10 dicas para renegociar suas dívidas e sair do vermelho

Se sua dívida não cabe mais no bolso, ainda resta uma boa notícia: há várias formas de negociar o pagamento e escapar da lista de inadimplentes. É possível reduzir prestações, obter juros menores e até pedir um desconto se a intenção for quitar à vista. Mas é preciso saber negociar e conhecer seus direitos e deveres.

Dados apontam que está mais fácil optar por este caminho. Em maio deste ano, o número de pessoas que conseguiram renegociar suas dívidas foi 4,5% maior que no mesmo período do ano passado, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A Serasa Experian, por sua vez, divulgou um número recorde de 8,9 milhões de brasileiros que conseguiram honrar seus pagamentos no primeiro quadrimestre de 2013.

A causa mais comum da inadimplência, segundo economistas é a perda do emprego no período em que o consumidor pagava um financiamento ou empréstimo. O segundo motivo mais comum é o descontrole financeiro, como as compras feitas por impulso.

A seguir, um roteiro com dez caminhos possíveis para ajudar o devedor a encontrar uma saída ao aperto financeiro. A recomendação é ficar atento ao Código de Defesa do Consumidor (CDC), conjunto de leis que rege todas as relações de consumo e estabelece o que é permitido ao negociar o pagamento da dívida.

1 – Elabore uma proposta antes de negociar

Não adianta tentar fazer um acordo com o credor sem antes pensar em uma proposta realista de como pagar a dívida. O risco do despreparo é a empresa propor suas próprias condições, que podem não ser as mais favoráveis. Para colocar a ideia no papel, não há regra. Em uma negociação, vale tentar de tudo. Mas o credor pode recusar o pedido.  É preciso estar preparado, também, para uma contraproposta da instituição e avaliar se ela é compatível com seu bolso.

2 – Procure o credor "frente à frente"

Contatar a empresa credora, como bancos ou financiadoras, é o primeiro passo para tentar uma negociação segura. É melhor tentar ser atendido pessoalmente, em um setor especializado. Se o atendimento não for possível, o que é mais comum em grandes empresas,demonstre a intenção de pagar a dívida e tente marcar um horário no setor responsável. Se mesmo assim a comunicação for difícil, opte por outros meios, como e-mails.

3 – Mutirões oferecem descontos maiores

É comum que instituições financeiras se reúnam para fazer mutirões ou campanhas de renegociação de dívidas. Nesses casos, a oportunidade de descontos maiores é grande, já que as empresas convocam os devedores em massa para quitar as dívidas. Este tipo de proposta, que costuma partir de bancos ou administradoras de cartões, é sempre vantajoso para o credor. A empresa que negocia de forma coletiva ganha sobre o volume das dívidas quitadas.

4 – Quando pedir redução de juros

Um caso específico permite ao consumidor tentar negociar a redução dos juros de seu empréstimo ou financiamento. De uma hora para outra, bancos ou lojas podem baixar as taxas do crédito de maneira mais expressiva. Neste caso, vale tentar um acordo para reduzir os juros, se o consumidor puder provar que foi seriamente prejudicado. De toda forma, o credor não é obrigado a aceitar a proposta.

5 – Se for quitar à vista, peça desconto

Se há uma reserva financeira para quitar o valor total do empréstimo, essa é a oportunidade ideal para negociar um desconto. Para o credor, é sempre interessante receber o dinheiro de imediato, por isso vale tentar uma redução da dívida ao quitá-la. Outra alternativa é demonstrar melhores condições de cumprir o pagamento se reduzir o valor das prestações ou aumentar a quantidade de parcelas.

6 – Empresas podem recusar novo crédito

Nenhuma empresa é obrigada a conceder crédito ao consumidor, se avaliar que há risco de não pagamento. A instituição sempre avalia se a pessoa já se enroscou com dívidas passadas ou se é suscetível a se tornar inadimplente. Quando ela já deixou de pagar uma dívida com a própria empresa, mesmo que a tenha quitado depois, o credor tem o direito de negar novo crédito. Contudo, se o valor foi pago, não há motivos para negar um novo contrato.

7 – Negociar pela internet é alternativa

Desde o fim do ano passado, serviços virtuais como o "Quitei.com" e o "Limpa Nome", da Serasa Experian, oferecem a opção de chegar a um acordo com o credor pela internet. Eles não interferem na negociação entre as duas partes. Mas a recomendação é pesquisar em órgãos de defesa do consumidor a idoneidade dos sites que oferecem estes serviços. Se a proposta não partir do devedor, é preciso avaliar se ela é satisfatória e cabe orçamento antes de aceitá-la.

8 – Fique atento às penalidades

Se o devedor for procurado com ameaças de que perderá bens ou terá descontos no salário pelo não pagamento da dívida, é preciso ficar alerta. As únicas penalidades permitidas pelo CDC pela inadimplência de empréstimos são multa de 2% do valor da dívida e juros de até 1% ao mês pelo atraso no pagamento. Algumas empresas tentam cobrar do consumidor taxas indevidas, como as supostas despesas que tiveram com a cobrança da dívida. Qualquer cobrança adicional é proibida, fora as penalidades previstas pela lei.

9 – Consulte órgãos de proteção ao consumidor

Qualquer dúvida que surja antes de fazer a proposta pode ser esclarecida em órgãos de defesa do consumidor, como os Procons de sua região. Vale também consultar todas as cláusulas do contrato assinado no empréstimo ou financiamento. Ainda assim, pode haver pontos abusivos, nem sempre permitidos por lei. Nestes casos, somente um especialista pode orientar o devedor como proceder.

10 – Evite novas dívidas após negociar

Feita a negociação da dívida, o primeiro cuidado é evitar perder o controle das finanças mais uma vez. É importante não deixar as dívidas ultrapassarem 35% da renda mensal, além de manter uma reserva em aplicações como a caderneta de poupança, equivalente a uma ou duas prestações, para usar em casos emergenciais, evitando uma nova inadimplência.

Fonte:Portal IG  

Matéria publicada em 07/06/2013 

 

Conheça cinco ferramentas para organizar o orçamento no verdadeiro início de ano

Se você é daquele tipo que só inicia o ano o carnaval, prepare-se: seu orçamento doméstico pode estar comprometido depois dos gastos com as festas de dezembro, com a matrícula escolar e a compra de material, e com o pagamento de IPVA e IPTU. Para ajudá-lo a colocar as contas em ordem, entidades como a Febraban e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), entre outras, lançaram ferramentas de fácil acesso que possibilitam o acompanhamento dos gastos diários e o planejamento anual das despesas domésticas.

Confira abaixo cinco sugestões:

· Jimbo - ferramenta gratuita da Febraban que ajuda a organizar as contas no dia a dia e ainda programar as despesas do ano. Possibilita gerenciar os gastos com a palma da mão, já que a versão do software também está disponível para celulares. No site www.meubolsoemdia.com.br a entidade também coloca à disposição dicas de educação financeira.

· Planilha Idec - A economista do Idec, Ione Amorim, criou um sistema de movimentação de meios de pagamento, que contabiliza tudo o que é pago ou recebido em dinheiro, cheque, débito, cartão e cartão parcelado. O fluxo de caixa registra automaticamente cada valor na conta correspondente e debita ou credita no site www.idec.org.br.

· Minhas Economias – Também com serviço grátis, o site www.minhaseconomias.com.br oferece um gerenciador financeiro, incluindo gráficos e comparativos de investimentos. É possível baixar o aplicativo para smartphones.

· Hábil – O site www.habilpessoal.com.br é outra opção de programa gratuito de controle de receitas e despesas, de pagamentos e recebimentos, gerenciamento de contas bancárias e controle de cartões de créditos. Inclui ainda um módulo de controle pessoal de veículos, para que sejam cadastradas rotinas como manutenção, média do gasto com combustível e gráficos das despesas durante viagens.

· Finanças Pessoais – Atuar como um assessor financeiro pessoal é a proposta do blog www.financaspessoais.blog.br. No endereço é possível encontrar, por exemplo, dicas sobre consumo consciente, como elaborar um orçamento, planejar a aposentadoria e finanças para mulheres.


Fonte: Jornal O Globo (19/02/2013)