CAPESESP apresenta estudo vencedor do Prêmio Saúde 2021 no 13º Seminário UNIDAS

O estudo "Autopercepção de saúde como preditor de mortalidade: estudo retrospectivo em uma corte de beneficiários do Plano de Saúde", de autoria dos médicos João Paulo dos Reis Neto, diretor-presidente da CAPESESP e Juliana Martinho Busch, diretora de Previdência e Assistência da Entidade, foi apresentado durante o 13º Seminário UNIDAS na última quarta-feira (27), em Minas Gerais. Os dados da publicação - vencedora do Prêmio Saúde UNIDAS 2021, mostraram o impacto da percepção dos pacientes sobre seu estado de saúde nos desfechos clínicos.

De acordo com o levantamento, pacientes que achavam sua saúde ruim tiveram o risco de morte subsequente aumentado em 1,9 vezes em relação ao grupo que via a própria saúde como boa. "A autopercepção é uma medida de desfecho comumente usada em estudos de epidemiologia social. Embora passível de sofrer influências multifatoriais, como as socioeconômicas, intelectuais e comorbidades associadas, neste estudo, o risco de morte foi maior no grupo que percebeu sua saúde como ruim, sugerindo que escores mais baixos de autopercepção podem ajudar a identificar indivíduos em risco", explica o Dr. João Paulo.


"A CAPESESP, durante a realização de um inquérito epidemiológico em 2017, incluiu uma pergunta visando saber como o beneficiário do plano de saúde avaliava a sua saúde naquele momento. A partir dos resultados, realizamos uma série de cruzamento de dados com outros indicadores sociais, demográficos e de saúde. Apenas com essa pergunta o gestor pode desenvolver uma série de linhas de cuidados e ações em saúde", explicou Juliana Busch, coautora da pesquisa.

 

Dentre os principais resultados, a idade avançada foi a que mais contribuiu para uma avaliação negativa do estado de saúde. Homens, pessoas que não são casadas ou possuem união estável, pessoas com baixa renda e menor escolaridade também tenderam a avaliar negativamente sua saúde. Além disso, portadores de doenças crônicas as chances de autoavaliar a saúde como ruim extrapolou em quase quatro vezes que pessoas sem essa condição.