Os riscos da automedicação em doenças transmitidas pelo Aedes

Você já escutou a frase "Este medicamento é contraindicado em caso de suspeita de dengue"? O coordenador do Programa Nacional de Controle da Malária, Dengue, Zika e Chikungunya do Ministério da Saúde, Divino Valero, explica que a cultura da automedicação brasileira deve ser evitada em todas as situações, mas, no caso de suspeitas de doenças relacionadas ao Aedes, a situação pode ser mais grave. 
 
"A mensagem principal é que ninguém faça automedicação, mas que busque sempre um serviço de saúde. Alguns remédios muito comuns nas casas das pessoas podem ser perigosos se utilizados em caso de dengue", esclarece. Produtos com princípios ativos naturalmente anticoagulantes aumentam as chances de hemorragias e podem agravar os casos de dengue, zika e chikungunya.
 
O ácido acetilsalicílico, ou AAS, é o principal remédio formalmente contraindicado. Vários antigripais contêm a substância na formulação, por isso a importância de consultar a bula dos produtos. Outros medicamentos contraindicados são os anti-inflamatórios hormonais e não hormonais, tais como ibuprofeno, nimesulida ou diclofenaco.
 
Prevenção
 
A melhor forma de prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes é evitar a proliferação do mosquito. Recentemente, a CAPESESP divulgou uma lista com dicas do Ministério da Saúde para vistoriar as casas antes das viagens, período em que o ambiente costuma ficar fechado por mais tempo.