Sarampo - o gigante adormecido está acordando

O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, extremamente contagiosa, que pode afetar qualquer pessoa, de qualquer idade, que não tenha anticorpos contra a doença.

Entre as várias complicações que pode causar estão a pneumonia e as alterações neurológicas, como convulsões, confusão mental, alucinações, fraqueza perda de sensibilidade. Essas complicações costumam ser mais severas em crianças desnutridas e em menores de um ano de idade.

A doença também pode deixar sequelas graves para o resto da vida, sendo as mais comuns as neurológicase podem ocorrer durante a doença ou até vários anos após a infecção.

No mundo todo, o número de casos de sarampo registrados aumentou em 30% no ano passado. Globalmente, 85% das crianças foram vacinadas com a primeira dose da vacina contra o sarampo no primeiro ano de vida e 67% com uma segunda dose.

Apesar disso, os níveis de cobertura de imunização permanecem bem aquém do percentual recomendado pela OMS, que é de pelo menos 95% para evitar surtos, evitar mortes evitáveis ??e alcançar metas de eliminação regional. No Brasil, a vacina Tetra Viral, que previne o sarampo, caxumba, rubeóla e varicela, apresenta o menor índice de cobertura: 70,69% em 2017.

Sintomas
Os sintomas iniciais são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza, congestão nasal e mal-estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca.

Transmissão
A transmissão ocorre de 4 a 6 dias, na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse, falta de apetite e dura até 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas, sendo de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, por isso a facilidade de contágio da doença. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que podem perdurar por tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em locais fechados.

Tratamento
Não há tratamento especifico contra o vírus do sarampo, apenas de suporte para as sequelas que a doença pode deixar. Os doentes devem ficar em repouso, ter uma alimentação balanceada, ingerir muito líquidoe evitar aglomerações e ambientes fechados para não infectar outras pessoas.

Prevenção
Existem medidas de prevenção contra o sarampo, mas a imunização com as vacinas é a única medida eficaz.

Tanto a vacina tríplice viral como a tetravalente viral estão disponíveis o ano todo nas Unidades Básicas de Saúde, de graça e para toda a população. Tanto na rede privada como no SUS, os componentes das vacinas contra o sarampo são os mesmos. Com a campanha iniciada em 6 de agosto, o Ministério da Saúde busca vacinar 95% da população de 6 meses a 49 anos.

Além das vacinas, as pessoas podem adotar outras medidas, como:

  • Higienizar as mãos com água e sabão antes das refeições, antes de tocar os olhos, a boca e o nariz, assim como após tossir, espirrar, ir ao banheiro ou cumprimentar pessoas;
  • Ao tossir e espirrar, deve-se proteger a boca e o nariz com lenços descartáveis e nunca espirrar nas mãos; caso não tenha um lenço descartável, recomenda-se espirrar no antebraço, próximo ao cotovelo;
  • Evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados.

 

Fonte: Bio-Manguinhos / FioCruz 2014; site: G1 – Bem Estar; Ministério da Saúde; site: terra.com.br/terraserviços; Informativo Sarampo – Controle de Infecção Hospitalar (Rede Dor)