Um alerta sobre Saúde Mental - estresse pode levar ao infarto

Em situações de estresse repentino, a defesa do organismo faz com que hormônios como a adrenalina e a noradrenalina sejam liberados, causando a redução do calibre dos vasos sanguíneos, espasmos das artérias coronárias, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. São os chamados hormônios do estresse. 
 
Essas alterações fazem com que chegue mais sangue aos órgãos e músculos, o que facilita uma corrida ou atividade de grande intensidade (como uma luta, por exemplo). Durante uma crise de estresse aguda, nota-se rubor facial, sudorese e palpitações, semelhante ao infarto.
 
Agora, imagine passar por esse processo muitas vezes em um mês ou em uma semana? "Os hormônios do estresse, também chamados de catecolaminas, são estimuladores da musculatura do coração, fazendo com que ele contraia e relaxe. Quanto mais o coração passa por esse processo, mais esse sistema fica ineficiente", alerta o cardiologista e coordenador do Programa de Infarto Agudo do Miocárdio HCor, Leopoldo Piegas. 
 
Embora sejam minoritários, cerca de 15% dos infartos são causados por uma situação de estresse repentino e muito forte, desencadeado pelo fechamento das artérias coronarianas. "Durante uma crise de estresse, a pessoa pode ter sintomas parecidos aos de um infarto".
 
Para evitar o acúmulo do estresse, recomenda-se relaxar e adotar hábitos saudáveis. Ao se exercitar, o músculo cardíaco se fortalece e produz novas redes de circulação do sangue, criando caminhos alternativos para o caso de um ataque cardíaco. 
 
O médico também tem um papel importante nesse processo de redução de estresse. Por isso, em caso de necessidade, procure a orientação de um especialista.
 
Fonte: Revista Metrópole