Mamografias periódicas evitam mortes por câncer de mama, diz estudo
Um estudo sueco revelou que mulheres com câncer de mama que faziam a mamografia periodicamente apresentaram redução de 60% na taxa de mortalidade – 10 anos após o diagnóstico – em comparação àquelas que não faziam o exame regularmente. Segundo o levantamento, a redução da mortalidade foi de 47% em 20 anos após o diagnóstico, usando a mesma base de comparação.
O resultado, publicado por uma revista científica internacional, está sendo destacado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) para lembrar o Dia da Mamografia, comemorado em 5 de fevereiro. "A diferença é atribuída à detecção precoce e ao tratamento em uma fase inicial da história natural do câncer de mama entre as mulheres que realizavam mamografia regularmente", explica o presidente da SBM, Antonio Frasson.
O médico destaca, ainda, que o maior dano por não fazer a mamografia regularmente é o aumento significativo do risco de morte, além da possibilidade de a mulher ter um câncer de mama avançado, com necessidade de cirurgias mais extensas e radioterapia e quimioterapia mais agressivas.
"Essas mulheres experimentam efeitos físicos e cognitivos adversos significativos e duradouros. Para cada morte por câncer de mama evitada pelo rastreamento mamográfico, uma mulher será poupada dos estágios terminais da doença e ganhará uma média de 16,5 anos de vida", enfatiza.
A recomendação é que mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos realizem a mamografia pelo menos uma vez a cada dois anos. De acordo com a Pesquisa de Perfil Epidemiológico dos usuários do CAPESAÚDE, realizada em 2017, entre 65% e 70% das beneficiárias estão com seus exames em dia, incluindo a mamografia.
Por meio do Programa de Prevenção ao Câncer de Mama, desenvolvido desde 2011, a CAPESESP incentiva a realização do exame, isentando a coparticipação de mulheres na faixa etária indicada, recebe os laudos e, de acordo com os resultados, acompanha a situação junto ao médico assistente das associadas.
Fonte: Agência Brasil
